segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Coerência política no DSIC é isso

O chefe do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Raphael Mandarino, aquele que certa vez, durante um evento que tratava sobre Segurança da Informação, disse que "todo hacker é bandido", aprontou novamente.

Desta vez foi no Facebook, antes da eleição de Dilma Rousseff, em tese, a sua "chefa":


Mandarino continuou sua pregação ao longo da votação e lamentou profundamente a eleição da "chefa", embora, como democrata que é, defenda o direito dela governar para "quem não trabalha:"


* Por favor, relevem o erro de concordância em relação ao "povo" "elegeram". Se Mandarino serviu nos últimos anos a um governo que ele considera "petralha" e não pediu as contas, não seria por causa da falta de concordância verbal que ela teria alguma coerência política, certo?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Governo planeja migração total para IPv6 até 2018

Governo planeja migração total para IPv6 até 2018 - Convergência Digital - Governo

Governo planeja migração total para IPv6 até 2018

Governo planeja migração total para IPv6 até 2018 - Convergência Digital - Governo

Paulo Bernardo: desistência da Oi foi ruim para todo mundo

Paulo Bernardo: desistência da Oi foi ruim para todo mundo - Convergência Digital - Telecom

Sobre "prostitutas" e assessores de Marina Silva

No dia 19 de setembro o coordenador de economia da campanha de Marina Silva e empresário do setor de Call Center, Alexandre Rands (foto O Globo), concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, que me deixou bastante preocupado.

Em determinado ponto da entrevista, Alexandre Rands comparou o empresariado brasileiro às "prostitutas".

"Aqui, temos um governo subjugado ao empresariado. Dilma detesta os empresários, mas todas as políticas são para eles fazerem o que bem entenderem. O governo bate, mas depois convida para um drinque. Trata os empresários como prostitutas. Quer estar com eles, desfrutar de suas benesses, mas depois vai criticar, denegrir sua imagem", disse o assessor de Marina para assuntos econômicos.

Mas Alexandre Rands não parou por aí.

O Globo indagou: "Se os empresários lucram, como explicar a resistência deles à reeleição de Dilma?

A resposta do empresário foi de um primor de civilidade sem igual: "Seguindo o exemplo: você acha que a prostituta confia nos homens que recebe? Chamaria um deles para a festa de aniversário do filho? Claro que não. Só tem interesse e medo. E tem outra coisa: um homem agrada três, quatro, dez prostitutas, mas não a todas as outras que não estão participando da festa".

Não sei o que dizer para vocês de Alexandre Rands. Para alguém que supostamente estudou Economia, o empresário aparentemente conhece mais sobre comportamento de prostitutas do que os assuntos que permeiam este setor.

Só sei que mantendo o debate neste patamar edificante, considero que Alexandre Rands poderia realmente ser facilmente confundido como uma prostituta, já que circulou bastante pelos salões do governo e aparentemente depois não foi mais chamado para as "festas".

Sendo um dos donos Datamétrica, Consultoria, Pesquisa e Telemarketing e irmão do deputado Federal pelo PT de Pernambuco, Maurício Rands; o empresário Alexandre Rands vinha obtendo vários contratos no governo federal desde de 2004. Os maiores contratos foram com o Ministério da Previdência e seu órgão vinculado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Entre 2004 e este ano a Datamétrica faturou no governo Federal (exclui-se as estatais de grande porte e bancos oficiais), um total de R$ 139,5 milhões. O maior contrato foi com o Ministério da Previdência: R$ 32,2 milhões.  (veja quadrinho abaixo)

Mas de 2004 para cá, a Datamétrica veio minguando nos contratos com o governo federal, na mesma velocidade com que Alexandre Rands foi se aproximando da candidata Marina Silva (na realidade sua proximidade era com o falecido candidato Eduardo Campos). Este ano o Portal da Transparência do Governo Federal apresenta apenas um contrato com essa empresa, cujo valor é de pouco mais de R$ 70 mil.

Pergunto: O que teria ocorrido com a "prostituta" para agora estar criticando as festas que frequentou?

* Segue abaixo uma relação de contratos da Datamétrica entre os anos 2004/2014, obtidos por este Blog no Portal da Transparência. Publico apenas os contratos acima de R$ 100 mil.

Total de contratos com o governo federal (Administração Direta): R$ 139.514.345,31
Contratos acima de R$ 100 mil: R$ 139.045.338,20

Principais contratos:

MINISTERIO DA PREVIDENCIA SOCIAL: R$ 32.296.822,25
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$ 30.443.894,16
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$  26.927.505,74
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$ 23.385.733,95
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$ 17.216.879,25
INEP-INST.NAC.DE ESTUDOS E PESQ.EDUCACIONAIS: R$ 2.126.008,11
AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES: R$ 979.740,00
MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME: R$ 955.440,00
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$ 806.913,61
INEP-INST.NAC.DE ESTUDOS E PESQ.EDUCACIONAIS: R$ 704.184,00
MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME: R$ 612.900,00
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL: R$ 553.955,08
MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME: R$ 499.857,43
AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA: R$ 449.254,80
FUNDACAO JOAQUIM NABUCO: R$ 448.450,00
AGENCIA NACIONAL DE SAUDE SUPLEMENTAR: R$ 196.824,91
COMISSAO DE VALORES MOBILIARIOS: R$ 117.284,36
AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA: R$ 111.805,20
COMISSAO DE VALORES MOBILIARIOS: R$ 107.018,64
COMISSAO DE VALORES MOBILIARIOS: R$ 104.866,71