Inicialmente cotado para assumir o Ministério das Comunicações, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), estrela em ascensão no PT do Rio de Janeiro, acabou na Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Segundo informações do Correio do Brasil, O PT carioca indicou Molon para o lugar do jornalista Thomas Traumann, que aceitou proposta de trabalho na iniciativa privada, numa das maiores agências de comunicação corporativa do país.
Molon ganhou notoriedasde junto à presidenta Dilma quando foi relator do Marco Civil da Internet, que a deu projeção mundial.
Igual reconhecimento também foi dado pelo seu trabalho, principalmente quando se manteve íntegro diante da pressão das teles contra a neutralidade de rede. Não cedeu em nenhum momento às pressões das empresas, manifestada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que virou seu rival no cenário político carioca.
Sua indicação, entretanto, sendo confirmada, tirou indiretamente das mãos do PT a ideia de levar as verbas publicitárias para o Ministério das Comunicações. Digo indiretamente, porque a ala majoritária do partido queria controlar as verbas no Minicom, mas com a presença de Ricardo Berzoini (PT-SP).
Como enrolou o meio de campo na Previdência com Henrique Eduardo Alves, existe uma possibilidade de Berzonini ser deslocado para essa pasta e o PT ceder o Ministério das Comunicações para algum senador do PMDB interessado, principalmente, em controlar os Correios.
Neste caso, o PT pelo menos preservou o comando da distribuição das verbas publicitárias, embora não necessariamente com aquele que era indicado pela área majoritária do partido.